Artigos - O PASSIVO OCULTO E O RISCO DO NEGÓCIO

O PASSIVO OCULTO E O RISCO DO NEGÓCIO

Paulo Henrique De Assis Góes

 

A atividade econômica empresarial, que inclui decisões contínuas de administradores e gestores, tem na sua essência, os acertos e equívocos diários, dada a falibilidade humana. Neste contexto, assumir risco, com o propósito de obter o lucro da atividade e gerar valores para os sócios, é da essência do próprio negócio, como reiteradamente afirmam inúmeras lideranças, nos mais diversos segmentos.

No entanto, inúmeros exemplos de negócios realizados demonstram a superficial avaliação das possibilidades e de seus riscos, muitas das vezes, mascarando os problemas aparentemente visíveis ou desconsiderando a possiblidade de outras dificuldades não aparentes.

A este conjunto de obrigações contraídas, nas tomadas de decisões pelos administradores ou gestores, em práticas operacionais e comerciais, cuja mensuração dos resultados não é identificável, conceituamos como passivo oculto do negócio.

Em sede de prevenção impõe-se que, sempre que possível, as tomadas de decisões sejam realizadas com as cautelas necessárias de investigação técnica em toda a cadeia produtiva, seja na prestação de serviços, na fabricação dos produtos pelo comércio ou indústria, avaliando-se cada etapa e a potencialidade do risco envolvido, minimizando-os em decisões de prevenção, a fim de zerar, ou pelo menos chegar muito próximo de evitar o risco oculto.

E, isto porque, no campo das responsabilidades, algumas das decisões podem, em muitas das vezes, comprometer a existência da atividade econômica, transformando, o que era um bom negócio em “dor de cabeça” para seus sócios.

Os exemplos estão à disposição de todos, todos os dias. Identificar a potencialidade dos riscos e evitar o passivo oculto é a certeza da continuidade do negócio e a continua geração de valor.